A Secretaria de Educação, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento Curricular, realizou no dia 22 de maio, na Unifametro – Campus Maracanaú, a formação continuada com professores de Ciências Humanas do 6º ao 9º ano das escolas municipais. O tema foi “Diferenças e preconceito na Escola: Alternativas teóricas e práticas”, frente a tais questões foi instrumentalizado ações consequentes para o enfrentamento das diferenças e do preconceito no dia a dia escolar.
Educação para as relações étnico-raciais, empoderamento feminino, indígena, africanidade, história das mulheres, gênero e diversidade são temas que compõem o plano de formação continuada para os professores da área de ciências humanas que fortalecem o Festival Afro Arte.
A programação contou com quatro convidados palestrantes: a Professora Doutora Zelma Madeira, Coordenadora Especial de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial do Estado Ceará, enfatizou sobre a questão racial e os processos educacionais, limites e possibilidades; Ceiça Pitaguary, Coordenadora da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Ceará – Fepoince, destacou a Educação Indígena – Povo Pitaguary; o Professor Mestre Homero Henrique relatou sobre gênero e sexualidade na Escola e a Professora Doutora Gleidiane Ferreira explanou sobre “Gênero”: o termo censurado.
Zelma Madeira contou sobre a importância da formação: “É a segunda vez que participo desse seminário. É importante, porque na verdade está mexendo na legislação que já era para estar implantada desde 2003, que é a história e a cultura africana, afro-brasileira e indígena nos currículos escolares. Essa preocupação existe aqui em Maracanaú, é sempre uma oportunidade de debate, conversar com os professores para o aprimoramento da didática em sala de aula”, conclui.
Ana Paula dos Santos, professora da Escola Manoel Rodrigues Pinheiro de Melo, reflete que a diversidade de temas trabalhados são oportunidades para que sejam debatidos nas formações e em sala de aula, “não só para nós professores, mas principalmente para os alunos, especialmente sobre gênero e a questão racial que é o que estamos vivenciando atualmente. É como a Zelma Madeira apontou, é um preconceito estrutural já imposto na sociedade que temos e nem percebemos. Então é importante essas palestras com os jovens nas escolas”.
Os professores participaram de oficinas temáticas sobre Literatura e Afro Brasilidades: o banquete à mesa, com as professoras Claudiana Almeida e Tatiana Alcântara; Práticas curriculares para gênero e sexualidade na escola, com o professor Homero Henrique; Gênero e feminismo na história recente do Brasil, com a professora Gleidiane de Sousa Ferreira e finalizando as oficinas, o relato de experiência sobre a temática indígena na sala de aula com os professores Neto Almeida e Adriana Oliveira. (Renata Talissa)