Sharon Dias foi estudante da rede municipal de ensino de Maracanaú. Cursou o ensino fundamental na Escola Deputado Ulysses Guimarães, no bairro Novo Oriente, e na Escola Liceu Municipal, no Piratininga, concluindo o ensino médio nas Escolas da rede estadual Liceu Professor Francisco Oscar Rodrigues (Liceu Estadual) e José Milton de Vasconcelos Dias.
Em 2010, formou-se em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), concluindo o Mestrado em 2013, com a linha de pesquisa em Geografia Urbana. Atualmente, Sharon é doutoranda pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em cotutela com a University of Victoria, no Canadá, tem como orientadores os professores Dr. Jorge Luis Barbosa (Geografia – UFF) e Reuben Rose-Redwood (Geografia – Uvic).
Recentemente, teve sua pesquisa de Doutorado sobre a relação entre Covid-19 e moradias premiada pela International Development Research Center (IDRC). A entrega da premiação está prevista para o mês de fevereiro de 2021. O projeto foi desenvolvido através de pesquisa comunitária participativa para avaliar as condições de moradia, acesso a informação, segurança e participação de mulheres e comunidades em vulnerabilidade habitacional durante a pandemia de Covid-19.
O projeto Ser Ponte que distribui renda é desenvolvido e liderado por mulheres em Fortaleza/CE e a Universidade Estadual do Ceará (UECE), através do Laboratório de Estudos Agrários, Urbanos e Populacionais (LEAP), do Laboratório de Estudos do Território e da Urbanização (LETUR) apoiam a pesquisa, além de contar com o apoio do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA/CE).
Sharon conta que o estudo é importante para transformar, não somente a realidade pessoal, mas transformar a sociedade e as famílias, por meio do conhecimento. Ela destaca que teve o apoio da família, tendo os pais como incentivadores para o hábito da leitura. “Minha família sempre me deu muitos livros para ler de literatura, história e ciências. Sempre gostei de frequentar bibliotecas. Inclusive, tenho o desejo de que todo bairro deveria ter pelo menos uma biblioteca com livros para crianças, adolescentes, adultos e idosos”.
A doutoranda relata que a pesquisa científica que desenvolve é importante para revelar fatos que no geral não vemos no dia a dia como, por exemplo, como é o cotidiano de famílias que estão morando em situações de precariedade habitacional durante a pandemia? Quais são as soluções? Quais são as ideias? Quais são os pensamentos dessas pessoas para melhorar políticas públicas? O que elas precisam em termos qualitativos e quantitativos para a melhoria da qualidade de vida? “Acho que a Ciências se torna mais forte quando a gente une conhecimento científico com conhecimento comunitário, para transformar a realidade e buscar melhorias sociais”, conclui Sharon.